sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E lá vai 2010...

De vez em quando, eu tenho vontade de saber voar. Às vezes como os passaros outras vezes como os super-heróis, sem asas, só com o poder do pensamento mesmo. E apesar de nunca ter voado, sem utilizar um avião, eu imagino como deve ser a sensação de liberdade e felicidade imensa. Acho que é assim que eu me sinto hoje, como se eu tivesse aprendido a voar durante o decorrer do ano.
Esse é um daqueles anos que vai embora deixando um gostinho de quero mais e se eu pudesse voltar, viveria ele de novo. Muita coisa mudou na escola, em casa, na vida. Ganhei alguns amigos novos alguns antigos se afastaram, mudei alguns gostos, ganhei novas músicas, conheci novos lugares, ganhei um jeito totalmente novo e feliz de voltar pra casa, ganhei abraços MUITOS ABRAÇOS, tive ensaios malucos com texto de Shakespeare, tive ensaios malucos pra um coral sem regente, tive ensaios malucos pra uma formatura repleta de dor e flores, ganhei até uma prima de presente de aniversário. Como reclamar de um ano como esse??
Tanta coisa foi conquistada, tantos risos, tantas lágrimas, tantas fotos. Teve até uma horta e trabalhos sobre a situação da saúde no centro-oeste ou a importância das pilhas, vai entender. 2010 realmente foi muito especial. O terminal pirituba virou basicamente minha 3ª casa e o terminal lapa passou a ser constante cenário de conversas produtivas e enrolações regadas a dogs e sucos de salada de fruta. E as andanças de metrô? Tive que me habituar a andar sozinha por aí e a almoçar sozinha também. Nunca que eu pensaria em comer outra comida que não a da minha vó, até isso mudou. E ao mesmo tempo que eu comecei a encarar o mundo de uma nova forma, o mundo fez o mesmo com relação a minha pessoa.
E se for pra descrever 2010 será como o ano das fofices, dos momentos mágicos, o ano do inesquecível, dos abraços, da mudança, do sentimento.
Eu agradeço imensamente por ter vivido 2010 de maneira tão intensa e na companhia de pessoas tão imensamente iluminadas e especiais.
E que venha 2011 com a magia do 3º ano e do fim de Harry Potter. Que seja no mínimo tão bom quanto 2010 mas com a torcida de que seja muito melhor.
Depois do aprendizado de vôo em 2010, que venha o visto para longas viagens em 2011.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não foi planejado de forma alguma, não era algo que estava previsto. Mas de qualquer forma e felizmente eu de algum modo fiz um "furo" na "bolha" onde eu estou vivendo. Pode ser que ele seja pequeno, mas de maneira nenhuma é insignificante.
Terminarei 2010 com uma mudança, uma sensação de leveza e um quê de dever cumprido.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sedentarismo da Alma

Pois é a madrugada traz pra você várias coisas das quais você tenta incansavelmente fugir e se esconder. Pode ser um medo, um segredo, um desejo, um inconformismo, uma saudade, uma vontade, uma canção, uma velha história, um gosto antigo, uma lembrança. Essas coisas que você guarda mas não quer ficar olhando muito, então esconde numa gaveta do fundo do cerébro.
A madrugada é o momento perfeito pra você parar, se analizar e dizer: 'Puta merda, eu sou um fraco, medroso e fracassado'. Acho que é o ar da noite que faz com que você ative o botãozinho da auto-crítica e comece a ver as coisas que realmente não funcionam.
Eu, por exemplo, sei exatamente a minha maior fraqueza. Sou a personificação da insegurança na terra. Fraca, frágil, medrosa. Sim essa sou eu. Por baixo de todo o lance da confiança no mundo e dos arco-íris do caminho, sobra o medo do mundo, do fracasso, da solidão, da mudança, da perda.
Me parece que por causa disso eu sofro de uma espécie de sedentarismo. É como se ao invés de viver a vida, eu morro de medo e simplesmente assisto ela. Os impasses são comuns e a confusão nem se fala, já que apesar do medo de fazer e dar errado vem o medo de não fazer e se arrepender.
Porém a fragilidade que existe em mim, o medo de cair e me quebrar só existe quando as coisas se tratam de mim mesma. Se for pra defender amigos/família/coisas que amo toda a fragilidade some e eu ganho forças de sei lá onde.
Porque será que eu não consigo usar essas forças mágicas sempre? Me sinto incrivelmente problemática a uma e pouco da manhã como se eu fosse realmente um ser anormal e acomodado que vai passar o resto da existência com medo da vida.
Não é isso que eu quero ser. Não, não mesmo. Eu quero conseguir gritar pro mundo aquilo que tenho pra dizer sem medo de ser feliz. Sair dessa 'bolha' infernal que me deprime e faz com que eu me sinta além de tudo incapaz.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Madrugada Nostálgica

Bem agora de férias e em mais uma madrugada debatendo questões vitais me deparei com uma coisa meio intrigante: minha geração tá crescendo .-.
Sim nós somos da época em que existiam grupos como Katinguelê e na teve passava Punky A Levada da Breca, Blossom Russo, Ursinhos Carinhosos, Cavalo de Fogo, Dragon Ball, Pokémon, Um Maluco No Pedaço, Bananas de Pijama, Beakeman *-* e outras tantas coisas que as crianças de hoje em dia simplesmente não tem e nem sabem o que são.
Me deu meio que um aperto, eu gostava de assistir tudo isso me divertia muito. Comecei a lembrar de quando estava no prézinho eu fiz uma pequena revolução para que quarta-feira fosse o dia da dança e consegui, o resultado foi amontoar as mesas no canto da sala e dançar em todas as quartas. Eu brincava também de Power Rangers no parquinho e eu era Ranger Vermelha sim eu sei que ela não existia e que o Ranger Vermelho era sempre menino, mas eu me recusava a ser Rosa ou Amarela. Lembrei também que quando a professora saía da classe eu e os meninos nos juntávamos e brincávamos de Pokémon era tão mágico me deu uma puta vontade de ser pequenininha de novo. Ser pequenininha e assistir Chiquititas, bater tazos, e dançar coreografias de axés malucas.
Sei lá parece que essa magia dos desenhos se perdeu. Não vejo as criancinhas de hoje parando pra ver e cantando aberturas de desenho ou ainda bolando brincadeiras sobre eles.
Me parece que nós fomos mais felizes do que eles, pelo menos eu me diverti bastante.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quem vai dizer tchau?

E assim se passaram 10 anos da minha vida. Indo toda semana pelo menos três vezes à aulas de ballet clássico, sempre na mesma academia e sempre com a mesma professora. Muitas das meninas que fizeram aulas comigo já desistiram há algum tempo mas eu nunca pensei em parar. Ou nunca tinha pensado até eu simplesmente não conseguir fazer mais nada graças à dores fortes nas pernas e coluna. O médico ficou assustado ao ver o resultado da ressonância magnética como pode uma adolescente de 16 anos ter um desgate na coluna lombar? Simples ela tem 16 anos de vida e 10 de ballet clássico. A parte mais legal foi ele olhando pra mim e dizendo: "ééé você vai ter que parar...' sério naquela hora eu ri da cara dele. Como é que eu ia parar com o ballet? Eu não achei que esse dia chegaria. E que eu fosse dizer algo do tipo tá agora eu parei com isso. A ficha não caiu direito e a vontade de chorar só cresce. Cada vez que eu lembro dos obstáculos que superei e daqueles que ainda tinha que transpor, as coreografias, as brincadeiras e piadas, as pessoas. É como se uma parte de mim tivesse meio que morrido sabe? Como se nada mais fosse ser igual sabe. Apesar de toda a hiperatividade eu me sentia tão bem ali entre pianos e violinos. E aquela disciplina militar disfarçada me fazia tão bem. Sempre desastrada e destoando do contexto. Eu posso não ser exemplo de bailarina pelo esteriótipo mas duvido que fique devendo alguma coisa no quesito amor. Amor, Paixão, Necessidade, Obssessão pela dança é o que eu sinto. E dar tchau pra isso foi concerteza um dos piores momentos da minha vidinha. Fica aqui a promessa de não-abandono, eu volto prometo que sim, até porque não conseguiria fazer diferente.
I ♥ Ballet Clássico

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fofidão da Madrugada

Ahh que beleza, do nada me vem uma xará e pergunta se eu não quero entrar numa conversa de malucos. Opaa como não?? E é aí que eu encontro não só 3 meninos da minha sala antiga como também ganho uma nova família [to esperando a arvore genealógica]. Conversa vai, conversa vem e quando nos damos conta sobramos só nós 4. Lá estava eu de novo conversando só com meninos para variar. E debatendo desenhos pra variar também.
Aí que entra a grande novidade, eu tô chocada até agora. O tópico vira vida amorosa e eu encontro as 3 pessoas mais fofolindas do universo. Minha madrugada ficou recheada de fofidão e as coisas que eles me disseram, fizeram eu me sentir especial muito especial e mais que isso, eles fizeram com que eu me sentisse parte de um todo, me alegraram, me deram bons conselhos, boas risadas e métodos anti-ansiedade falhos haha.
As caras de mal que eles tinham na escola se desmancharam hoje e eu queria muito abraçá-los.
E além de tudo são três escritores excelentes com ótimos textos e poemas. Um por um eles foram dormindo e sobrou só eu agora as 3:30 da manhã encerrando uma conversa iniciada as 10:00 da noite.
Obrigada graciinhas, vocês são verdadeiramente um bando de bobões xP

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Essa daqui é pra vocês

Aquela música do Yugo mexeu comigo hoje. E aquele momento rodinha de violão piorou a situação. O depoimento da Isa foi só o golpe de misericórdia, preciso fazer isso pra vocês.
Quando cheguei na escola no primeiro dia de aula esse ano, fui procurar meu nome na lista e saber que eu não era mais do E me fez ficar triste. Afinal de contas quem eu conhecia do 1º/2º D?
Conversava com a Dú melhor amiga desde a 5ª série. Tinha os amigos dela, com quem eu já havia falado algumas vezes mas ainda não dava pra chamar eles de meus.
Foi desconfortável, assustador. Era como se o 1º dia do 1º ano estivesse acontecendo novamente. No primeiro dia, o que me salvou da total solidão foi na verdade o Lú. Ele também era novo ali, tava tão perdido quanto eu.
Eu tava revoltada queria minha sala de volta, me sociabilizar foi dificil. Nunca tinha nem visto a maior parte daquelas pessoas na escola. Foi aí que veio o pior pesadelos de todos.
Primeiro trabalho em grupo, um grupo que duraria o ano inteiro. Eu faltei no dia da escolha e a Dú esqueceu que agora eu tava lá, completou o grupo sem mim. Com quem é que eu ia fazer então?? Foi então que surgiu um grupo de meninas com quem eu já tinha conversado algumas vezes e elas perceberam o meu desespero e basicamente me adotaram.
Foi aí que se iniciou um processo de adoção multipla. Um outro grupo de meninas também resolveu me adotar, os amigos da Dú agora eram meus também.
Relutei durante muito tempo em dizer que era minha sala, mas hoje eu digo que o 2º D é tão minha sala quanto o 1º E, os dois fazem parte do meu mundo e das minhas necessidades.
No fim de tudo até os meninos lá da frente me adotaram.
Foram muitos risos, broncas, imprevistos em trabalhos, assuntos dos mais variados. E hoje eu sei que vocês tão ali por mim se eu for cair.
Eu sei que assustei muita gente. Fiz o todo mundo se condicionar a me abraçar todo dia, a cantar e dançar, por pra fora o que sente, rir bastante. E eu vou sentir muita falta disso tudo.
Obrigada Mú por me dar seus abraços quentinhos, debater sobre super-heróis e me apresentar o mundo das séries.
Obrigada Isa pelas opiniões revolucionárias, seus desenhos e coisinhas fofinhas.
Obrigada Gá por me fazer rir todos os dias eu querendo ou não com aqueles infelizes ataques de cosquinhas.
Obrigada Lú por não me deixar entristecer quando parecia que não tinha mais ninguém ali, tinha você.
Obrigada Dú por me inserir na sua sala a qual agora posso dizer que também é minha.
Obrigada Nathy, Kathy, Pá, Helão, Lê, Yuu, Leidy, Nessa, Olga, Fê pela paciência, apoio, compreensão, gargalhadas e brisas loucas emocionantes *--*
Obrigada Dan, Otávio, Yugo, Lucas, Osmar, Carlos, Cássio, Arthur, Gabriel, B.O. por não se irritarem comigo e por cantar coisas aleatórias como pagodes e Legião *-*
Obrigada meninos bagunceiros do fundo - Murilo, Marcos, Michael, Yuri, Luís, Wagner, Renan, porque apesar de não falar com vocês sempre tenho lembranças divertidas.
Enfim eu não tava com vocês no 1º ano, mas não me arrependo de ter passado com vocês o 2º.
E que venham os próximos, juntos na escola ou não, eu vou me lembrar e ser grata pra sempre.