segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um dia frio, uma garoa boa, uma garota boba. Um pensamento torto, um sentimento certo, verão invernal num celeiro de primaveras. Uma dança, uma rima, um papel ao relento, um pastel de vento, uma ideia, um pressentimento, uma lua e suas crateras. Um sorriso singelo, um coração sincero, vida repleta de morte na Terra. Palavras impactantes, abraços extasiantes e todo o oxigênio que houver na atmosfera.

domingo, 16 de outubro de 2011

Uma estrela de brilho raro, um disparo para um coração. Dias de sonho e de glória. Será que realmente merecemos tanto? Tanta alegria, tanta euforia, carinho, atenção e afeto? Às vezes me parece que é muito pra alguém assim tão torto e que nunca esperou conseguir receber tanto.
Mas e daí? Posso não merecer, mas ainda sinto, ainda respiro e me mantenho vivo. A cada dia mais e mais vivo. A cada olhar trocado e a cada alegria compartilhada, me sinto vivo.
Tão vivo quanto o choro de um recém-nascido, quanto o vôo da borboleta recém formada, tão vivo quanto se é capaz de estar quando se tem um coração que bate e bate forte.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

E de repente ela parou de esperar...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ela acordou, colocou os óculos, lembrou das coisas que ouviu no dia anterior e sorriu.  Sorriu ao lembrar do carinho, afeto, palavras doces, sorrisos. Sorriu porque sabia que as coisas iam devagar ficando todas em seus devidos lugares.  Como não sorrir depois de tudo aquilo? E como não amar ainda mais o pôr-do-sol? O céu tingido de vermelho e laranja, a lua quase aparecendo, aquele ventinho bom e esperado. E isso é só o começo, pensou enquanto voltava lentamente a dormir.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Agora. Agora? O que é que define agora mesmo? O primeiro agora que digitei nesse instante já passado e agora isso também já não importa. E o que importa agora? Agora importa que cantamos canções, jogamos conversas sem preocupação pela janela, rimos, confabulamos, nos entendemos. Agorinha mesmo tudo isso acontecia e eu ia chegando a conclusão de que tá tudo bem agora. E o resto? E o que passou? E a dor, o pesar, o sentir e o sofrer? Nada disso mais faz parte do agora. Agora vamos sorrir e voltar a ser criancinhas correndo e brincando. Agora vamos fingir que não há com que se preocupar e que tudo fica bem se nos fizermos sorrir. Agora vamos lutar, sonhar, sorrir e fazer tudo aquilo que der vontade. Agora a gente já não tem medo. Agora, agora tudo é maravilhoso, tudo está em seu lugar. E o mais importante é ter a certeza de que esse agora é sempre o que vai vir depois de agora.

domingo, 11 de setembro de 2011

É só mais uma noite como outra qualquer. Chegou em casa e sentiu sozinha como em todos os outros dias, sentiu tudo aquilo que não queria mais sentir. As lágrimas teimosas cismaram em cair em cima do teclado do computador e do livro que estava lendo. Nada mais fazia sentido e tudo o mais não poderia ser dito, escrito ou falado. A vontade de sumir permanecia ali como sua única companheira. Lembranças da semana e do dia a assombravam e só faziam com que o sentimento de solidão aumentasse cada vez mais. Onde foi que tudo mudou mesmo? Aonde é que erramos tanto? Nada mais parecia ser capaz de lhe preencher, de lhe fazer sorrir, de lhe deixar feliz. Ela se esforçava, conseguia por uns meros segundos e depois era invadida sem dó nem piedade de novo pela angústia. Desejo maldito, profano e insano que insistia em invadir-lhe a mente nos momentos menos propícios de modo que ela só queria gritar até ficar louca. Louca? Louca já estava há tempos quando se permitiu chegar a tal situação. Seus lábios podiam mentir mas seus olhos mostravam toda aquela tristeza que ainda insistia ali, dentro dela. Sua música, sua dança, seu canto nada mais parecia ter cor, nem sentido, nem graça. Uma vida cinza, monocromática que só a irritava mais. E o que fazer? Como não se magoar? Como não sentir? Parar era um verbo que dificilmente fazia parte de seu vocabulário e isso só tornava tudo mais dolorido. E ainda tem essa dor de cabeça que acompanha todos os problemas só pra não ser tão simples assim. E era então que ela fazia aquilo que lhe restava: chorava e implorava aos céus que aquilo parasse, que houvesse uma luz ou alguém com quem dividir tanta solidão. Assim como no resto de sua vida ela só podia esperar, esperar, esperar...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Praticar o desapego sem praticar indiferença. Cair, se erguer e sorrir. Ter coragem de dizer tudo aquilo que quer dizer a quem quiser dizer da forma que bem entender. Xingar, gritar, por pra fora tudo que ainda te machuca, te faz sofrer e te chateia. Sorrir, cantar, dançar sozinho na rua. Sentir-se vivo, sentir-se você. Admirar estrelas, contar nuvens, sentir os raios de sol sobre sua pele ou os pingos de chuva em sua face. Ouvir uma canção que tenha muito a dizer ou talvez uma que não faça sentido nenhum. Não se esquecer do que você é, daquilo em que você crê, de cultivar boas sementes e colher os bons frutos. Mudar aquilo que tiver que ser mudado sem medo de se trair. Não ter vergonha de ser apenas você, de cara limpa e alma lavada.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ninguém mandou ter um coração que bate, pois é. Ninguém mandou também deixar ele bater livremente assim, sem nem tentar filtrar ou impedir. Ninguém avisou como proceder conforme as batidas começassem a te levar a lugares desconhecidos sem nenhum motivo aparente. Ninguém deixou você colocar nesse mesmo coração plaquinhas: ENTRADA SOMENTE PESSOAS AUTORIZADAS, SÓ ENTRE SE FOR CHAMADO ou ainda PROIBIDA ENTRADA DE PESSOAS ESTRANHAS. Ninguém avisou que você ia mobilhar e transformar o pequeno espaço do seu coração num lar pra ele permanecer vazio.
Ninguém disse que por causa desse ciclo infeliz de batidas você ia sofrer e se descabelar. Também ninguém teve a menor sensibilidade de avisar que a dor que ia acompanhar as batidas ia passar um dia, mas que ia demorar. Ninguém falou que 5 minutos depois de estar nas nuvens você poderia levar um puta tombo e se estabacar inteiro no chão. Ninguém tentou te ajudar a impedir essa porra desse coração de bater pra que você sofresse mesmo. Ninguém consegue entender plenamente o que você sente porque ninguém, NINGUÉM consegue acompanhar a batida ritmada do seu coração. Pois é, ninguém mandou ter um coração que bate.
Quando eu achar esse ninguém infeliz ele vai se ver comigo porque ninguém vai sair impune por fazer atrocidades como essas.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

"Cara Platonicidade,
Quero ser bem clara e já começar dizendo que está tudo acabado entre nós e gostaria de pedir para que você se mude para a puta que pariu, o inferno ou o fim do mundo, qualquer um dos destinos acima a sua escolha com tudo pago desde que seja o mais longe de mim possível. Peço desculpas se estou sendo brusca ou bruta para contigo mas desta maneira a situação está insustentável.
Vá para longe e leve contigo a dor, o desespero,, a solidão, o sofrer, o mal-querer e tudo o mais de ruim que te acompanha e por consequência me acompanha também. Durante todo esse tempo suportei a sua presença sem maiores reclamações mais agora vejo que não consigo mais fazê-lo.
Peço desculpas por terminar um relacionamento tão duradouro dessa forma brusca, mas não é você sou eu e eu sei que você vai encontrar alguém que preencha esse espaço de maneira mais competente que eu. Devo estar sendo um pouquinho indelicada ao dizer que foi melhor assim e que seguiremos nossas vidas mais felizes, pelo menos eu estarei mais feliz.
Obrigada por tudo aquilo que você me ensinou, mas acho que nossos dias de união estão próximos de terminar.
Se cuide,
Sem amor e nem reciprocidade como você gosta
Ná"


Felizmente aproxima-se o dia de finalmente enviar essa carta, pelo menos é o que parece.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Aí você vem e meu sorriso se abre, meu medo se vai, o tempo muda,a s coisas ganham mais cor. Como não amar? Como esquecer? Como ignorar? Como não sentir? Não há possibilidade e eu me pergunto como é que as pessoas ao seu redor conseguem não se apaixonar por você a todo instante.
Eu fico inquieta e ansiosa querendo te ver. E quando isso acontece, nervosa, não sei como agir.
É tanta coisa que se passa ao mesmo tempo dentro de mim que nem consigo enumerar ou descrever sou inundada por sensações diversas que me fazem querer chorar, sorrir e sair dançando como se eu fosse completamente louca por aí.
A parte pior é não ter a quem culpar, só resta conviver com isso até encontrar uma maneira de lidar com a situação...

terça-feira, 12 de julho de 2011

E em algum lugar do espaço aéreo brasileiro no trajeto em Campinas e Curitiba aconteceu isso aqui:
"Ela esperava, não sabia o que , não sabia porquê, mas esperava. Não sabia de onde, não sabia como. Mas sabia como o sol se punha todas as noites para a chegada da Lua, tão certo quanto a fórmula química da água é H2O. Ela acreditava que um dia o dia chegaria. E nesse dia tudoo que ela sempre quis e acreditou aconteceria.
O dia ainda não havia chegado então ela só acreditava. Sem ter porque nem como, esperava da maneira que só os sonhadores esperançosos acreditam. Acreditava da maneira que só os crentes fervorosos sabem esperar.
Ela sabia, podiam tirar todas as coisas da garota de cabelos enrolados e idéias mirabolantes menos a certeza que ela tinha de que um dia desses, num dia como outro qualquer o dia chegaria. Ao meio-dia no ônibus lotado ou à meia-noite embaixo da Lua.
Um dia desses ela seria surpreendida por aquilo que silenciosamente esperou e acreditou em todos os outros dias...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Você planeja durante semanas, se prepara psicologicamente e aí vem um ônibus e acaba com tudo. E quando você consegue finalmente se conformar que não deu certo e começa a se planejar de novo, vem a vida te dá uma sapecada e faz acontecer na marra aquilo que você pensou com todo o cuidado.


Pensando bem, obrigada vida por dar a coragem e o empurrãozinho que tava faltando pro plano sair do papel.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sabe aquelas menininhas típicas, naturalmente delicadas, que incrivelmente se mantêem arrumadas durante o dia inteiro, sem óculos, sem aparelho, sem cabelo comum, com milhões de amigas meninas, com um certo desprezo pelo meninos, que adoram animais, shopping e detestam futebol, que fazem pequenos xiliquezinhos e sempre conseguem aquilo que querem. Pois é, eu nunca fui uma dessas.
Eu sempre fui a 'esquisitinha' que ficava lendo sentada no chão e que aliás nunca se importou em sentar no chão do ônibus, trem, metrô, pátio, calçada, raio que o parta. Sempre fui também aquela que conversa com as senhorinhas e as ajuda a levantar ou pegar coisas ou ainda cede o lugar pra elas no ônibus. Desprezar meninos então sempre achei idiotice, conversar com eles é invariavelmente muito melhor do que com as meninas.
Frescura nunca foi muito comigo, apesar de insistirem que eu sou fresca pra comer ou coisa do gênero, eu sempre acabo me virando e tudo fica bem. Eu odeio andar, procurar ou buscar algo que seja consumível ou passar 450 horas dentro de um shopping andando, odeio com todas as minhas forças. Prefiro ficar sentadinha vendo algum esportezinho bacana, de preferência futebol [normal ou americano], longe das coisas cor-de-rosa e do mundo um tanto quanto fútil.
Eu desconfio que seja por essas e outras que invariavelmente eu viro mano e não amor. Não sou nem o modelinho de menininha e nem a menina estilosa que conquista atenções com facilidade. Eu assim palhaça, reclamona, enfrento motoristas enfurecidos no trânsito, mas fujo de aranhas e cachorros, irritante, saltitante, que fala palavrão, dança e canta o tempo todo.
Eu sou dessas.

domingo, 19 de junho de 2011

Só pra não deixar de ser tosca.

Confesso que sempre conversei com muita gente, muitas pessoas sempre vieram me pedir ajuda, mesmo quando elas não eram minhas amigas de fato elas vinham a minha procura em busca de algum conselho ou conforto e acabavam na maior parte das vezes virando minhas amigas por isso. Isso é algo meu que sempre tive e pelo visto vou ter pra sempre. De alguma maneira eu faço as pessoas enxergarem as coisas por prismas diferentes e isso faz com que elas achem as respostas que procuram.
Já escrevi por mais de uma vez que tenho alguns problemas em aceitar que eu sou um ser humano útil na vida. Não me sinto importante e vivo tentando provar pra mim mesma que talvez eu não seja tão inútil assim. Nunca foi tarefa fácil me convencer de algo, a teimosia que é minha e dessa eu não abro mão, nunca permitiu. Mesmo que a pessoa que esteja tentando me convencer seja eu.
Só que ultimamente, tenho que admitir, que eu tenho me sentido nem tão inútil assim. Nesse ano essa confissão com a qual eu comecei o texto se tornou cada vez mais ocorrente e verdadeira. E quando alguém te diz que precisa de você ou te agradece por você ter sido solícita e solucionadora de problemas no momento certo, você precisa retribuir de alguma forma.
Essa é a minha. Por mais que as pessoas insistam que eu as tenha ajudado muito, elas me ajudaram muito mais e sem saber disso.
Obrigada, de verdade, por me fazer sentir como se talvez eu fosse de fato útil e importante na vida.
[Esse foi um texto tosco de agradecimento à todas as pessoas que já me ajudaram um dia, com um destaque especial pro ser humano fofo que me deu meu peixinho ;)]

domingo, 29 de maio de 2011

Perder. Palavra maldita que pode trazer uma dor imensurável, lágrimas incontroláveis e tantos outros sentimentos que fazem você se sentir mal.
Perder um jogo ou uma competição pode fazer você se sentir incapaz ou inútil durante sabe lá deus quanto tempo. Sua fé, esperanças, planos todos vão dar um rolê e parecem que nunca mais vão voltar.
Você pode perder bons momentos e passeios não podendo compartilhar então das experiências que ocorreram e das histórias que serão levadas.
Mas pra mim o pior tipo de perda é a de uma coisa que você ama. Ok, dizer coisa é possessividade demais, mas achei que era a melhor maneira de me expressar. Um bichinho, um amigo, um parente, um livro. Muitas coisas podem se encaixar.
Quando você ama algo você quer ficar perto, cuidar e demonstrar o seu amor por esse algo em todos os momentos da sua vida. Mesmo que você seja o ser humano mais frio do mundo. Mesmo que você demonstre isso de maneira violenta, agressiva, ciumenta, possessiva. Não importa, no fundo você quer dizer: ei eu te amo e tô aqui.
E eu com essa minha pequena necessidade de demonstrar o amor pelas coisas acabo sofrendo demais com as perdas, de coisas que pros outros às vezes não tem importância.
Esse não é o primeiro texto que eu escrevo pra ele, escrevi um logo no dia em que ele chegou na minha vida. Não era um gato, não era um cachorro. Meu peixe, meu Bubble querido, perdi as contas de quantas vezes ele foi a minha única companhia, dos gritos que eu dava com ele quando tava tentando tirar ele do aquário e ele lutava contra mim, da nossa viagem pra bauru, de todas as vezes que ele nadou na minha direção feliz da vida.
Muita gente pode pensar: foda-se é um peixe. Pode ser um peixe, mas ele era meu, a única coisa verdadeiramente minha na vida. E com ele aqui eu me sentia menos sozinha.
Me lembro de ter chorado muito porque queria um "bichinho de verdade" no dia em que ganhei ele, me lembro de ter sentido uma dor terrivel por ter que levar pra casa um peixe e não um gatinho ou um cachorro. A dor que eu sinto olhando pro aquário dele agora é pelo menos dez vezes maior e mais forte.
Bubble, o peixe mais fofo do mundo.
29/05/2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

E é aí que eu vejo que a esperança não está totalmente perdida. Mais de uma vez eu escrevi aqui que as crianças de hoje não teriam uma infância tão digna quanto a minha e que o significado do amor havia se perdido na minha geração.
Realmente eu olho ao meu redor e o amor tá faltando, ou melhor ele tá sobrando nas palavras mas faltando nas atitudes. Quando alguém se dispões a me provar o contrário e a me mostrar que eu não estou crendo nisso sozinha eu realmente ganho o dia. Perguntar pra um garoto qual o conto de fadas dele preferido e obter uma resposta sem nenhum tipo de agressão incluida já tinha me deixado feliz, a escolha do conto também porque falava justamente disso, de amor. Mas nada superaria o que veio depois.
A pergunta me foi devolvida e me vi obrigada a confessar que no fundo, no fundo ainda acreditava um pouco no lance do encantamento, dos principes. Ainda fiz piada dizendo que dispensava o cavalo branco, uma bicicleta serve. Me senti boba e ao dizer isso ao garoto ele me devolveu algo que eu verdadeiramente não estava esperando. Já estou tão habituada a ser incompreendida por isso até mesmo por meninas que estranhei ao vê-lo dizer que ele entendia como eu me sentia pois espera sua princesa diariamente.
Estou embasbacada, a verdade é essa. Um menino de 16 anos que acredita no amor dessa maneira tão fofa e inocente merece infinitamente o meu respeito. Qualquer pessoa que não banalize esse sentimento merece e infelizmente vou dizer que elas são poucas.
Ei garoto fofo, obrigada por me fazer crer que ainda existem pessoas românticas e bobocas no mundo. Porque convenhamos, somos bobocas mesmo, mas que pessoa consegue acreditar no amor e não ser?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ai minha nossa.
Um dia inteiro sendo grossa, sem abraços, sem fofidão.
Foi terrível ter que tratar mal as pessoas que eu gosto tanto, porém me senti mais amada que nunca. Não tinha percebido ainda a quantidade de pessoas que gostam de me dar bom dia e ficaram abaladas com a minha repentina grosseria.
Foi muito feliz a hora que acabou e eu pude finalmente ser eu mesma de novo. Bendita tarefa de teatro.
Acho que eu posso dizer que hoje foi um dos dias mais felizes da vida escolar no BG. Foi como se eu tivesse ficado tanto tempo longe e sem contato com ninguém, tava todo mundo tão carinhoso. Foi totalmente pra compensar ontem. Até os meus professores me abraçaram, senti como se eu estivesse no meu lugar sabe?
Foi um dia tão feliz que fui elogiada por pessoas aleatórias, senti frio e tive uma sensação imensa de dever cumprido.
No fim devo agredecer pela infeliz tarefa de teatro que após me fazer sofrer e batalhar comigo mesma, me deu uma felicidade sem tamanho...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tô pensando ainda e vou pensar pra sempre no caso.
Cheguei a conclusão que o melhor a fazer, é fazer nada.
Eu não sei exatamente o que quero então eu vou levando assim, meio sem querer meio querendo enquanto assim estiver tudo bem.
A hora que ficar ruim a gente muda e tudo se resolve de novo.
Pra que tanto sofrimento?
Cada dia que passa é um dia a menos na vida. Você quer mesmo desperdiçar seus dias sofrendo/chorando/se lamentando e dizendo o quanto o mundo é cruel com você?
Faça algo pra mudar isso, lute.
Seja forte pra cair e se levantar, admitir que precisa de ajuda em alguns momentos, dizer não e aceitar que tem que ficar sozinho em outros.
Abrace, ame, sinta, seja, sofra, chore, ria, comemore, mude sem medo pra melhor sempre.
Facilite a vida ao invés de complicá-la mais,
quem sabe assim você não descobre o quanto ela é divertida?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Young and sweet only 17

Ok. Meu conceito sobre aniversários foi radicalmente abalado hoje. O dia começou azul e fofinho, cheguei na escola e ganhei abraços das mais variadas pessoas [conhecidas ou não] e até a coordenadora e a professora de português me abraçaram. Me senti amada, querida e feliz. MUITO FELIZ.
E então as aulas acabaram. Meus amigos evaporaram cada qual com a sua desculpa esfarrapada, que na hora conseguiu me convencer direitinho. Só sobrou a Cá querendo me arrastar de todo jeito pro West Plaza pra me comprar um presente. O meu plano era ir ao cinema no Bourbon com as pessoas que não fazem nada à tarde, mas como todo mundo tinha arrumado algo pra fazer fui com a Cá. O problema é que além dela, um dos milhares de admiradores nem um pouco secretos dela resolveu nos acompanhar até o ponto, fazendo assim com que eu andasse sozinha com minha música explodindo em grandes fones de ouvido enquanto eu tentava desesperadamente não ficar triste.
Ignorei-a o caminho todo e olha que ela tentou de todas as formas me fazer falar com ela. Chegando ao shopping ela disse que precisava comer algo e me arrastou para praça de alimentação e...BAZINGA!
Eis que 18 pessoas saltitantes saem detrás de uma placa com um bolo e começam a cantar parabéns pra você soprando línguas de sogra. Eu me senti a pessoa mais querida do mundo.
Eu sempre organizei festas surpresas, mas até hoje nunca tinha tido uma. E ver ali pessoas que eu amo tanto e que se esforçaram, perderam aulas por minha causa foi muito emocionante.
Foi um dia incomparável, o cinema foi excelente, a companhia foi excelente, os abraços foram os melhores do mundo. TUDO TUDO TUDO foi excepcional.
Pra encerrar de maneira mais magnifica ainda, fui jantar na casa da minha vó que teve o cuidado de fazer minha comida, bebida e bolo preferidos. Ganhei parabéns de muitas pessoas e de muitas formas. Telefone, twitter, orkut, pessoalmente.
Achei que tinha acabado e me deparo com um texto MARAVILHOSO do meu tio no blog dele pra mim. De presente eu ganhei um texto fofíssimo do meu tio tosco que eu amo tanto.
Hoje eu tive uma certeza muito forte de que esse ano vai ser terrivelmente lindo, especial e cheio de coisinhas fofinhas.
Pessoas lindas, obrigada MESMO. ♥

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre sereias e aniversários.

"Tenho dezesseis anos, não sou criança"
(A Pequena Sereia)
Toda vez que eu ouvia a Ariel dizer isso pro pai no filme, me vinha uma vontade de saber se quando eu tivesse 16 anos eu ia me irritar a ponto de dizer essa frase.Fico feliz em constatar que eu usei-a bem menos do que esperava.
Tá me dando uma tristezinha chata em pensar que dentro de poucas horas eu serei uma pessoa de 17 anos. "Young and sweet only seventeen"...achei que ia levar muito mais tempo até esse verso ser válido. Sei lá na minha mente doentia ter 17 anos significava muitas coisas. Sair com mais liberdade, viajar com amigos, maior independência, trabalho, namoro, mais amigos, era isso o que eu via ao pensar "quando eu tiver dezessete anos..."
Bom ok, não tenho dezessete anos ainda. Algumas horas me impedem de poder escrever esse texto com maior propriedade de causa, mas eu acho que se não aconteceu nada até agora poucas horas não vão fazer diferença.
Eu não me sinto mais velha, assim como não me sinto no 3º ano. Não querer aceitar nenhuma dessas duas idéias torna isso possível. Porém, não vejo uma maneira de não chegar a idade fatídica ou de concluir a série maligna.
Tô assustada, com medo, ansiosa e pensando que das coisas que eu imaginava ter aos 17 tenho algumas partes. Tenho mais liberdade do que tinha antes, e uma independência moderada. Tenho amigos, muitos amigos, e talvez minha mãe até permita viagens pelo meio do caminho. Ter 2 coisas e meia numa lista com 6 é um bom índice vai.
A ficha não caiu ainda, pensando no tanto de coisa que ficou pra trás, no tanto de tempo que eu conheço algumas pessoas, nas coisas que eu vi acontecer. Não é muito eu sei, mas tanta coisa mudou em 17 anos que também não dá pra se ignorar.
E agora novamente, só me resta esperar que algumas coisas mudem/melhorem, que os abraços venham em maior quantidade e que os 17 sejam melhores do que foram os 16 [olha que a disputa é díficil hein...]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Incrivel Tarefa Dada Pelo Professor Que Eu Não Cumpri De Modo Descente

Eis que no segundo dia de aula o professor vira e diz que quer um planejamento da nossa vida e do mundo pra daqui 10 anos. Pergunta: Se eu não consigo pensar nem como eu vou estar amanhã de manhã, planejo 2021 como??
Bom o texto abaixo foi o melhor que eu consegui fazer naquele momento:
"Você e o Mundo daqui 10 anos
10 anos.
2021 parece distante demais até mesmo para planejar. Como eu ainda não tenho certeza da carreira que vou seguir verdadeiramente é dificil planejar o futuro.
Eu penso que o plano de verdade é ser feliz. Não seria nada mal morar em um sobrado na Vila Madalena, mesmo que fosse sozinha. E aí cursar minha faculdade de Dança por hobby mesmo, talvez até abrir uma academia de ballet. Pretendo gostar daquilo que eu faça como trabalho. Pretendo também nunca deixar de ter tempo para ir em shows, meus amigos e minha família.
E o mundo, bom minha esperança é que não esteja esse caos. Analisando a situação hoje o plano de verdade é conseguir evitar uma guerra. Esperar avanços tecnológicos e nas áreas de medicina. Quem sabe um Brasil menos desigual."
É de planejamento isso aí não tem nada, mas enfim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Crescendo...

Me lembro como se fosse hoje eu com 5 aninhos indo pra escola pela primeira vez. O choro na hora de dar tchau pra minha mãe, o encantamento com as coisinhas todas do meu tamanho, meus coleguinhas dizendo que meu cabelo parecia de algodão. Se eu fechar os olhos ainda consigo ver as cenas direitinho.
Depois veio o primeiro dia do Ensino Fundamental I eu com 7 aninhos correndo pela escola com a minha agradável mochila de carrinho cantando com as professoras e feliz com as lições de matemática *-*
De repente lá estava eu passando ao Fundamental II. 11 anos, 5ª série, muitas descobertas diferentes e foi aí que eu notei que eu começava a crescer de verdade. As pessoas eram as mesmas desde o pré, mas era um ambiente diferente uma atmosfera contagiante e a expectativa de entrar logo na adolescência (não que essa expectativa me dominasse, afinal acho que ainda hoje eu não deixei de me parecer com aquela garotinha de 5 anos)
Foi tudo muito rápido, num piscar de olhos eu me vi encarando uma nova escola pra começar o 1º ano do Ensino Médio. Foi medonho, me lembro do medo, angústia e da tremedeira no primeiro dia de aula. Pela primeira vez eu me recordo de ter ficado aterrorizada e quieta durante minhas 5 aulas diárias. O legal foi a minha sorte: eu caí numa sala mágica, não tenho como definir de outro modo, tanta gente parecida comigo e era tanto amor tanto carinho tanta confusão...foi com certeza um dos meus melhores anos escolares.
No 2º ano aquela coisa de tudo o que é bom dura pouco ficou meio evidente, me trocaram pra uma sala totalmente o oposto do que era a minha. Difícil de me enturmar, eu queria voltar as origens, sair dali. Demorou mas aos poucos fui me acostumando e a ideia começou a me parecer nem tão ruim assim. Tenho um carinho enorme por aquelas pessoas e hoje percebo o quanto elas já me fazem falta.
Não posso descrever esse dia com outra palavra: Estranho. Sabe quando a ficha não caiu ainda, não é possível que eu já esteja no 3º ano, não pode isso. E com a mesma magia de quase 12 anos atrás eu entrei na escola como quem espera encontrar um mundo novo. Rever aquelas pessoas que fizeram parte dos últimos dois anos com uma intensidade aterrorizante, ver a minha nova sala. Foi o dia mais estranho que eu já passei lá e eu ainda não consigo dizer: "oi sou do 3º" mas to trabalhando nisso.
Foi engraçado ver o 1º ano porque eu me lembro tão bem de como eu me senti no meu 1º ano lá que parecia que ainda era comigo. Pensar nas palavras da professora de português dizendo que esse ano nós embarcavámos lá, mas desembarcaríamos em outros portos foi meio assustador algo tipo: o fim está próximo. Eu já tô é sentido saudade de uma coisa que ainda não acabou. É a intensidade só pode, é tudo tão intenso as coisas vão tão rápido que realmente a saudade vem antes do fim.
Mas a melhor parte é sempre saber que mesmo 'crescendo' eu continuo sendo uma criança feliz que tem apoio pra isso vindo dos amigos.
É 3º ano, você vai ter que ser O especial e se eu for julgar o resto do ano por esse primeiro dia vou confessar que eu acredito que não vou me decepcionar nesse ponto.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dia de sol com cara de sábado. Sentimento puro de férias. Lá fui eu pro Villa Lobos mais uma vez.
Dessa vez o inusitado é que não foi com pessoas do BG, não foi uma galera com quem eu não jogava conversa fora há algum tempo. Cheguei, fui recepcionada com abraços e palavras de carinho. Eu notei o quanto as coisas mudam quando ficamos muito tempo sem ver pessoas. Foi verdadeiramente uma reunião clássica de amigos tinha violões, risos, conversas aleatórias e [devo acrescentar que para a minha infelicidade e desgosto] bebidas alcóolicas. Não sei mas eu ainda não consegui me acostumar a ver essas pessoas que corriam comigo e brincavam de coisinhas fofinhas se tornaram adolescentes que bebem, me incomoda e me deixa um tanto quanto inconformada. Há 2 anos atrás nos divertíamos de qualquer forma bebendo refri ou água e agora parece que só é possível se divertir se tiver na corrente sanguínea partículas de álcool. Não vejo diversão verdadeira nisso. Vejo pessoas alteradas ou rindo do nada ou se sentindo indispostas ou ainda se tornando ignorantes e violentas. Essa realmente tá bem longe da minha idéia de diversão. Depois disso eu é que não consigo me divertir, acabo me irritando e pra não acabar brigando ou coisa assim saí andando pelo parque.
Talvez um dia eu consiga me acostumar com essa idéia, mas eu ainda penso que grande parte dos problemas do mundo se resolveria com a ausência de substâncias como essa que não permitem que você seja você mesmo consciente das consequências de suas atitudes.
Não vou dizer que foi um dia ruim mas de verdade eu penso que poderia ter sido bem melhor sem essa infeliz interferência.
Mas fazer o que eu era a minoria.
Quando você sente que nada é capaz de te salvar você faz o que?
Tô aceitando sugestões :*

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Poxa eu queria muito escrever diretamente pra cada um de vocês mas eu tentei não deu certo então vou escrever pra todos vocês diretamente e de uma vez só. Tá o período tá confuso mas pra uma pessoa que não dormiu eu tô até que me virando bem.
Foi uma situação meio esquisita o fato de eu ter acordado 9 da manhã e começado a limpar, cochilado da 1 até as 3 e então continuar limpando. Fui almoçar uma sopa instântanea já eram mais de 6 horas e o Ikky e a Cá já estavam aqui. Logo chegaram a Lê e a Gabs e aí estava formado.
Fazia algum tempo que eu não me sentia assim tão bem, tão feliz. Desde cantar e dançar Katy Perry, ABBA, Bonde Do Rolê, alguns funks velhos e alguns forrós até nomear formigas e bichinhos com asas. Assistir filmes da Disney Pixar e comer hot dog. Levar bronca do porteiro por falar MUITO alto as 2 da manhã e tocar violão. Sair no parquinho de casa, tomar chuva, debater a vida amorosa passada. Ser abraçada, esmagada, sofrer ataques de cócegas e me sentir a pessoa mais amada do mundo todo. E depois de tudo isso ver o Sol nascer e se esconder do vizinho pra não levar bronca e não dormir tomar café da manhã e assistir um DVD da Tv Cultura com a Sabesp [infância pura: " Um dia vai ter peixe no tietê, um dia eu vou poder ir lá pescar. Sábado a tarde na Marginal o rio vai trazer o meu jantar."]. Ver o dia nascer com vocês foi uma sensação excelente algo do tipo nada pode estragar essa felicidade e não importa o que aconteça essa vai ser a foto do meu porta-retrato vazio[consegui \o/]. Depois ir jogar pebolim e provar toda a minha habilidade, fazer amizade com o porteiro e terminar o dia jogando basquete e sendo informada de uma caminha até o Parque Toronto semana que vem.
Cara, depois desse ano meu conceito de férias mudou radicalmente. E daqui pra frente me aguardem vai ser sempre assim, juntos e felizes.
Eu amo vocês muito mesmo e obrigada por me aturarem nessa noite que virou dia.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Promessa de ano-novo: PARAR DE SER TÃO PROBLEMÁTICA E DRAMÁTICA E DEPRESSIVA. Meu deus esses textos não sou eu, isso não sou eu. Eu não sou assim. Cadê a confiança que eu sei que existe em algum lugar?
Se as pessoas confiam em mim e me dizem algumas coisas é porque elas devem ter um bom motivo pra isso, passou da hora de começar a acreditar. Ficar chorando não vai resolver absolutamente nada e não é isso que eu quero. Eu quero mudança, ações e sorrisos. Esses textos são pra isso, pra eu escrever e por pra fora coisas ruins e logo depois me sentir melhor e voltar a sorrir.
Ah sim obrigada meus anjos que vivem tentando me mostrar coisas que eu me recuso a ver. Chegou a hora de aceitar que como todo o ser humano eu não sou feita só de defeitos. Se tem gente nesse mundo capaz de me aturar é porque algo de bom deve ter.
E só pra terminar de extravasar eu gostaria de mandar um FODA-SE pra todas as pessoas que olham pra mim como se eu não pertencesse a esse mundo. OI, TENHO QUASE 17 ANOS E SOU DE SP. TENHO TODO O DIREITO DO MUNDO DE SER QUEM EU QUISER, COMO QUISER E QUANDO QUISER.
E tenho dito.
É como se eu quisesse gritar e não tivesse ar nos pulmões. Como se eu quisesse correr e minhas pernas não me obedecessem. Como se eu sentisse um frio inexplicável e não conseguisse me aquecer. Como se eu estivesse presa e não pudesse fugir. Como se ninguém verdadeiramente pudesse me salvar e a única coisa que eu conseguisse fazer fosse me esconder atrás de músicas e textos e chorar.
Essa sou eu, sorrindo pro mundo e chorando abraçada com o pikachu todas as noites antes de dormir. É como se todos me encarassem e dissessem que tudo o que eu penso, falo, visto e faço fosse errado. E a única forma que eu encontro pra reagir é essa. Eu fujo e me fecho no meu mundo, onde ninguém liga pra que roupas eu uso ou qual o estilo estranho do meu cabelo. Onde meus bichos de pelúcia me acolhem e secam as minhas lágrimas. E eu não tenho mais vontade de sair e de ver as pessoas que vão me lançar olhares que só me fazem querer chorar.
Eu queria conseguir fugir dos meus medos, já que não tenho forças o suficiente para encará-los.
Essa sou só eu, me achando inadequada demais para viver nesse mundo.