terça-feira, 5 de abril de 2016

Sobre mim.
Eu sou a pessoa impulsiva mais racional que já habitou a terra. Questões simples onde as pessoas simplesmente se deixam levar se tornam verdadeiros icebergs. Pode ser algo bobo, desde o sabor do sorvete, até não ter escolhido o namorado como padrinho de formatura (depois se o namoro acaba, faço o que com as fotos?)
São coisas simples, nas quais ninguém em sã consciência pararia pra pensar, mas eu paro.
São coisas pequenas que me tiram o sono (Será que vão gostar de mim? Será que eu fui simpática? Será que eu falei demais? Será que entenderam que eu tava brincando? Será que eu devo tomar sorvete de chocolate? Será que ainda dá tempo? Será que eu to fazendo tudo errado? Será?)
Conviver com essa racionalidade desmedida, onde aquário passou longe, é uma das mais doloridas partes de ser eu. É doloroso porque para cada uma decisão impulsiva eu passo por quatro ou cinco estágios de perguntas questionando se era o certo a se fazer e para cada um impulso reprimido eu passo por outros estágios de perguntas questionando se eu não devia ter feito.
Não há como fugir da sensação de arrependimento, uma vez que todas as decisões são erradas e certas na mesma medida.
A sensação é a de enlouquecer vagarosamente dentro de uma mente que nasceu ao mesmo tempo impulsiva e racional e não encontra o contraponto em que as decisões são sábias e fazem com que você deite a cabeça tranquilamente no travesseiro.
É a mesma sensação, desde os 5 anos de idade. Se eu cresci, ela cresceu comigo, ganhou força e forma e me encontra toda noite antes de dormir, assim como sempre foi.
Assim como sempre fui.
Com gelo e fogo lutando para me dominar e me deixando perdida em meio a água quente e fumaça.

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