quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Once upon a time

Uma vez um amigo deixou coisas comigo e eu escrevi isso, se foi aos 18, esse ano o texto completa 6 anos. Deixo aqui, para nunca perder o que eu disse uma vez sobre canetas bics e cachinhos e fazer 18...
Tô quase roubando sua caneta. Bics pretas são irresistíveis. É eu não sei acentuar as palavras mas enfim, bics são poéticas. Só as pretas, elas deslizam suaves sobre a folha e sua tinta é negra como as asas de um corvo e não cinza como céu de tempestade.
Essa divagação toda é graças a dificuldade que eu tive em encontrar uma caneta pra colocar na bolsa junto com meus caça palavras ou seriam cruzadinhas? Acho que são cruzadinhas. Comprei alguns na bienal. É um vício e ainda é útil, deixa mente ágil e traz lições interessantes. São eles que vão me entreter amanhã enquanto eu espero para tirar a foto da habilitação.
Tô tão ansiosa, essa é a segunda coisa que eu vou fazr com 18 anos que só se pode fazer com 18 anos. A primeira foi naquele rolê lá. Tô meio abalada, me sentindo mais velha e ansiosa pra sentir o controle sobre a máquina e o vento nos cabelos, a música explodindo no rádio e eu realizando um sonho de infância.
Engraçado como tanta coisa muda e tanta coisa permanece. Meus sonhos de infância alguns se realizaram, outros viraram poeira no vento, alguns, quem sabe, ainda estão por vir. É estranho sonhar uma coisa e ver acontecer.
Mas mais estranho é ver como os desejos, anseios e até mesmo a aparência mudam com o passar dos anos. Isso me lembra o motivo real desse texto.
Não é a caneta, a CNH ou os sonhos despedaçados mas sim a coisa mais imutável que eu tenho e que eu queria deixar pra você. Minha essência

desenho de duas de você com setinhas para a frase "MEUS CACHINHOS!!!"

Ninguém mandou você largar seu caderno no meio da minha bagunça. Eu o devolvo assim, com palavras desconexas e caracóis nos cabelos.

Ass.

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