quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Young and sweet only 17

Ok. Meu conceito sobre aniversários foi radicalmente abalado hoje. O dia começou azul e fofinho, cheguei na escola e ganhei abraços das mais variadas pessoas [conhecidas ou não] e até a coordenadora e a professora de português me abraçaram. Me senti amada, querida e feliz. MUITO FELIZ.
E então as aulas acabaram. Meus amigos evaporaram cada qual com a sua desculpa esfarrapada, que na hora conseguiu me convencer direitinho. Só sobrou a Cá querendo me arrastar de todo jeito pro West Plaza pra me comprar um presente. O meu plano era ir ao cinema no Bourbon com as pessoas que não fazem nada à tarde, mas como todo mundo tinha arrumado algo pra fazer fui com a Cá. O problema é que além dela, um dos milhares de admiradores nem um pouco secretos dela resolveu nos acompanhar até o ponto, fazendo assim com que eu andasse sozinha com minha música explodindo em grandes fones de ouvido enquanto eu tentava desesperadamente não ficar triste.
Ignorei-a o caminho todo e olha que ela tentou de todas as formas me fazer falar com ela. Chegando ao shopping ela disse que precisava comer algo e me arrastou para praça de alimentação e...BAZINGA!
Eis que 18 pessoas saltitantes saem detrás de uma placa com um bolo e começam a cantar parabéns pra você soprando línguas de sogra. Eu me senti a pessoa mais querida do mundo.
Eu sempre organizei festas surpresas, mas até hoje nunca tinha tido uma. E ver ali pessoas que eu amo tanto e que se esforçaram, perderam aulas por minha causa foi muito emocionante.
Foi um dia incomparável, o cinema foi excelente, a companhia foi excelente, os abraços foram os melhores do mundo. TUDO TUDO TUDO foi excepcional.
Pra encerrar de maneira mais magnifica ainda, fui jantar na casa da minha vó que teve o cuidado de fazer minha comida, bebida e bolo preferidos. Ganhei parabéns de muitas pessoas e de muitas formas. Telefone, twitter, orkut, pessoalmente.
Achei que tinha acabado e me deparo com um texto MARAVILHOSO do meu tio no blog dele pra mim. De presente eu ganhei um texto fofíssimo do meu tio tosco que eu amo tanto.
Hoje eu tive uma certeza muito forte de que esse ano vai ser terrivelmente lindo, especial e cheio de coisinhas fofinhas.
Pessoas lindas, obrigada MESMO. ♥

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre sereias e aniversários.

"Tenho dezesseis anos, não sou criança"
(A Pequena Sereia)
Toda vez que eu ouvia a Ariel dizer isso pro pai no filme, me vinha uma vontade de saber se quando eu tivesse 16 anos eu ia me irritar a ponto de dizer essa frase.Fico feliz em constatar que eu usei-a bem menos do que esperava.
Tá me dando uma tristezinha chata em pensar que dentro de poucas horas eu serei uma pessoa de 17 anos. "Young and sweet only seventeen"...achei que ia levar muito mais tempo até esse verso ser válido. Sei lá na minha mente doentia ter 17 anos significava muitas coisas. Sair com mais liberdade, viajar com amigos, maior independência, trabalho, namoro, mais amigos, era isso o que eu via ao pensar "quando eu tiver dezessete anos..."
Bom ok, não tenho dezessete anos ainda. Algumas horas me impedem de poder escrever esse texto com maior propriedade de causa, mas eu acho que se não aconteceu nada até agora poucas horas não vão fazer diferença.
Eu não me sinto mais velha, assim como não me sinto no 3º ano. Não querer aceitar nenhuma dessas duas idéias torna isso possível. Porém, não vejo uma maneira de não chegar a idade fatídica ou de concluir a série maligna.
Tô assustada, com medo, ansiosa e pensando que das coisas que eu imaginava ter aos 17 tenho algumas partes. Tenho mais liberdade do que tinha antes, e uma independência moderada. Tenho amigos, muitos amigos, e talvez minha mãe até permita viagens pelo meio do caminho. Ter 2 coisas e meia numa lista com 6 é um bom índice vai.
A ficha não caiu ainda, pensando no tanto de coisa que ficou pra trás, no tanto de tempo que eu conheço algumas pessoas, nas coisas que eu vi acontecer. Não é muito eu sei, mas tanta coisa mudou em 17 anos que também não dá pra se ignorar.
E agora novamente, só me resta esperar que algumas coisas mudem/melhorem, que os abraços venham em maior quantidade e que os 17 sejam melhores do que foram os 16 [olha que a disputa é díficil hein...]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Incrivel Tarefa Dada Pelo Professor Que Eu Não Cumpri De Modo Descente

Eis que no segundo dia de aula o professor vira e diz que quer um planejamento da nossa vida e do mundo pra daqui 10 anos. Pergunta: Se eu não consigo pensar nem como eu vou estar amanhã de manhã, planejo 2021 como??
Bom o texto abaixo foi o melhor que eu consegui fazer naquele momento:
"Você e o Mundo daqui 10 anos
10 anos.
2021 parece distante demais até mesmo para planejar. Como eu ainda não tenho certeza da carreira que vou seguir verdadeiramente é dificil planejar o futuro.
Eu penso que o plano de verdade é ser feliz. Não seria nada mal morar em um sobrado na Vila Madalena, mesmo que fosse sozinha. E aí cursar minha faculdade de Dança por hobby mesmo, talvez até abrir uma academia de ballet. Pretendo gostar daquilo que eu faça como trabalho. Pretendo também nunca deixar de ter tempo para ir em shows, meus amigos e minha família.
E o mundo, bom minha esperança é que não esteja esse caos. Analisando a situação hoje o plano de verdade é conseguir evitar uma guerra. Esperar avanços tecnológicos e nas áreas de medicina. Quem sabe um Brasil menos desigual."
É de planejamento isso aí não tem nada, mas enfim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Crescendo...

Me lembro como se fosse hoje eu com 5 aninhos indo pra escola pela primeira vez. O choro na hora de dar tchau pra minha mãe, o encantamento com as coisinhas todas do meu tamanho, meus coleguinhas dizendo que meu cabelo parecia de algodão. Se eu fechar os olhos ainda consigo ver as cenas direitinho.
Depois veio o primeiro dia do Ensino Fundamental I eu com 7 aninhos correndo pela escola com a minha agradável mochila de carrinho cantando com as professoras e feliz com as lições de matemática *-*
De repente lá estava eu passando ao Fundamental II. 11 anos, 5ª série, muitas descobertas diferentes e foi aí que eu notei que eu começava a crescer de verdade. As pessoas eram as mesmas desde o pré, mas era um ambiente diferente uma atmosfera contagiante e a expectativa de entrar logo na adolescência (não que essa expectativa me dominasse, afinal acho que ainda hoje eu não deixei de me parecer com aquela garotinha de 5 anos)
Foi tudo muito rápido, num piscar de olhos eu me vi encarando uma nova escola pra começar o 1º ano do Ensino Médio. Foi medonho, me lembro do medo, angústia e da tremedeira no primeiro dia de aula. Pela primeira vez eu me recordo de ter ficado aterrorizada e quieta durante minhas 5 aulas diárias. O legal foi a minha sorte: eu caí numa sala mágica, não tenho como definir de outro modo, tanta gente parecida comigo e era tanto amor tanto carinho tanta confusão...foi com certeza um dos meus melhores anos escolares.
No 2º ano aquela coisa de tudo o que é bom dura pouco ficou meio evidente, me trocaram pra uma sala totalmente o oposto do que era a minha. Difícil de me enturmar, eu queria voltar as origens, sair dali. Demorou mas aos poucos fui me acostumando e a ideia começou a me parecer nem tão ruim assim. Tenho um carinho enorme por aquelas pessoas e hoje percebo o quanto elas já me fazem falta.
Não posso descrever esse dia com outra palavra: Estranho. Sabe quando a ficha não caiu ainda, não é possível que eu já esteja no 3º ano, não pode isso. E com a mesma magia de quase 12 anos atrás eu entrei na escola como quem espera encontrar um mundo novo. Rever aquelas pessoas que fizeram parte dos últimos dois anos com uma intensidade aterrorizante, ver a minha nova sala. Foi o dia mais estranho que eu já passei lá e eu ainda não consigo dizer: "oi sou do 3º" mas to trabalhando nisso.
Foi engraçado ver o 1º ano porque eu me lembro tão bem de como eu me senti no meu 1º ano lá que parecia que ainda era comigo. Pensar nas palavras da professora de português dizendo que esse ano nós embarcavámos lá, mas desembarcaríamos em outros portos foi meio assustador algo tipo: o fim está próximo. Eu já tô é sentido saudade de uma coisa que ainda não acabou. É a intensidade só pode, é tudo tão intenso as coisas vão tão rápido que realmente a saudade vem antes do fim.
Mas a melhor parte é sempre saber que mesmo 'crescendo' eu continuo sendo uma criança feliz que tem apoio pra isso vindo dos amigos.
É 3º ano, você vai ter que ser O especial e se eu for julgar o resto do ano por esse primeiro dia vou confessar que eu acredito que não vou me decepcionar nesse ponto.